quarta-feira, 28 de outubro de 2015

ORANDO
LOUVORES
 A DEUS

Existem algumas traduções da Bíblia em que pequenos detalhes atrapalham a compreensão. Em Atos capítulo 16, versículos 16 a 26 há um exemplo disso. Paulo e Silas haviam expulsado vários demônios de adivinhação de uma moça. 

Vejamos o texto:

“Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação. Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu. Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a esperança do lucro, agarrando em Paulo e Silas, os arrastaram para a praça, à presença das autoridades; e, levando-os aos pretores, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade, propagando costumes que não podemos receber, nem praticar, porque somos romanos. Levantou-se a multidão, unida contra eles, e os pretores, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Este, recebendo tal ordem, levou-os para o cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros da prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos.” (Atos 16.16-26.)

Em razão disso, eles foram levados para o fundo do cárcere; estavam numa situação muito delicada,
seus pés e mãos estavam algemados. Entretanto, as algemas não puderam prender o coração deles.
Diz o texto que: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.” (Atos 16.25.)

Ao observar este versículo, em outra tradução mais fiel, constatei que não existe a primeira conjunção
“e” da frase. A tradução literal seria assim: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam cantando louvores a Deus.” Eles oravam, cantavam louvores a Deus, enquanto os demais companheiros de prisão escutavam. Podiam estar ali apenas dizendo: “Jesus nos liberta, nos tire daqui”. Porém, eles estavam orando, cantando louvores a Deus; e cantavam bem alto, pois do interior do cárcere, eram ouvidos pelos demais companheiros de prisão que nem podiam dormir.

No verso 26, veio a resposta: “De repente.” Gosto muito desta expressão. Meu irmão, quando você
também estiver cantando, orando louvores a Deus virá com certeza um “de repente.” O nosso Deus é
assim, “de repente”, ou seja, Ele não está manietado (Ele não está de mãos atadas).

O louvor ao Senhor é uma expressão de adoração. A expressão através do ato de orar e o louvor
são formas de oração ao Senhor. Diz o texto que: “De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos.”

Havia um homem na Bíblia muito confuso. Ele era alto e bonito; chamava-se Saul. Começou a
vida espiritual muito bem, mas depois seu coração encheu-se de inveja, opresso e azedo, o semblante
transfigurado. Era uma situação terrível. Naquela hora de tanta dificuldade, mandavam chamar Davi
para orar por ele. 

Diz o texto de 1 Samuel, capítulo 16, versículos 14 a 23:

“Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o tormentava. Então, os servos de Saul lhe disseram: Eis que, agora, um espírito maligno, enviado de Deus, te atormenta. Manda, pois, senhor nosso, que teus servos que estão em tua presença, busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito maligno, da parte do SENHOR, vier sobre ti, então, ele a dedilhará, e te acharás melhor. Disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que saiba tocar bem e trazei-mo. Então, respondeu um dos moços e disse: Conheço um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras e de boa aparência; e o SENHOR é com ele. Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas. Tomou, pois, Jessé um jumento, e o carregou de pão, um odre de vinho e um cabrito, e enviou-os a Saul por intermédio de Davi, seu filho. Assim, Davi foi a Saul e esteve perante ele; este o amou muito e o fez seu escudeiro. Saul mandou dizer a Jessé: deixa estar Davi perante mim, pois me caiu em graça. E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.”

É interessante observar que Davi não orava assim: “Sai! Sai!” Davi trazia a harpa e cantava: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guiame pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, ungesme a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR para todo o sempre.” (Salmo 23.) 

À medida que ele ia cantando, as opressões saíam. É muito importante que o leitor compreenda
isto: a adoração, o louvor, é uma forma de oração; é uma maneira eficaz de orarmos ao Senhor. O louvor é uma oração que liberta, que quebra cadeias. Saul sentia alívio e o espírito maligno se retirava dele.

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